quinta-feira, 12 de abril de 2012


12/04/2012 10h59 - Atualizado em 12/04/2012 10h59

Governo envia à AL projeto que garante piso salarial de professores

Projeto de lei contempla cerca de cinco mil profissionais à margem do piso.
Sindicato mantém greve no estado pedindo reajuste de 22,22%.

Do G1 BA
Greve de professores na Bahia (Foto: Reprodução/TV Bahia)Professores decretaram greve e saíram e passeata
pelas ruas da capital (Foto: Reprodução/TV Bahia)
O governo do estado enviou à Assembleia Legislativa da Bahia, na noite de quarta-feira (11), um projeto de lei que pretende assegurar o piso nacional da educação a 5.210 professores de nível médio, que engloba os profissionais não licenciados e que atualmente recebem abaixo do patamar nacional, estipulado em R$ 1.451. A categoria decretou greve por tempo indeterminado no estado.
Segundo o governo, a aprovação do projeto pelos deputados irá extinguir o salário abaixo do piso nacional. No entanto, os professores da rede estadual mantêm a paralisação e um milhão de estudantes permanecem sem aulas desde quarta-feira, quando foi realizada a assembleia da categoria. Eles pedem o cumprimento do reajuste salarial de 22,22% sobre o piso nacional. Já o governo exemplifica que um professor com licenciatura plena, com carga de 40 horas semanais, possui salário inicial de R$ 2.080,54, acima de estados como São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro.
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Nesta quinta-feira, o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB), professor Rui Costa, reafirmou que a greve continua a vigorar por tempo indeterminado e que o próximo ato do movimento está marcado para a quarta-feira (18), quando pretende reunir a classe na sede da governadoria, no Centro Administrativa da Bahia (CAB).
A Bahia possui 32.584 professores licenciados (integrantes da carreira do magistério estadual), que recebem salário acima do piso nacional no valor de R$ 1.586,06, além de gratificações, em consequência do reajuste de 6,5% dado a todo o funcionalismo estadual.