quinta-feira, 5 de abril de 2012

PMDB presidirá processo contra Demóstenes e Renan fala em ‘julgamento justo, sem vingança’



Líder do PMDB, Renan Calheiros (AL) decidiu reter sob o controle do seu partido a presidência do Conselho de Ética do Senado. Em conversa telefônica, ofereceu a cadeira ao colega de bancada Vital do Rêgo (PB), que pediu tempo para pensar. Ficou de dar a resposta na segunda-feira. Tende a aceitar a incumbência.
Na véspera, Walter Pinheiro (BA), líder do PT, oferecera a Renan uma alternativa: se nenhum pemedebê se dispusesse a descascar o abacaxi em que se tornou o caso Demóstenes Torres (GO), o petê Wellington Dias (PI) se oferecia para assumir o comando do Conselho de Ética.
Renan disse a Wellington que consultaria sua bancada. Nesta quarta (4), menos de 24 horas depois da oferta do PT, o mandachuva do PMDB já estava decidido a não abrir mão da presidência do conselho. Voltou-se para Vital porque ele já acompanha os desdobramentos da encrenca como Corregedor do Senado.
Num ambiente crivado de ironias, o ex-encrencado Renan frequenta o cadafalso do ex-catão Demóstenes no papel de gestor da guilhotina. Há cinco anos, os papéis estavam invertidos: Renan era o pescoço. Demóstenes simbolizava a lâmina. O vídeo lá do alto, de outubro de 2007, dá idéia da reviravolta.