terça-feira, 10 de julho de 2012

Wagner pede que TJ e MP intermedeiem fim da greve LuanaO Almeida Raul Spinassé/Agência A TARDE

)governador Jaques Wagner encaminhou, na segunda-feira, 9, correspondência ao  procurador-geral do Ministério Público do Estado da Bahia, Wellington César Lima e Silva, e ao presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargador Mário Alberto Hirs, pedindo intermediação junto à APLB-Sindicato para o fim da greve dos professores da rede estadual.
No documento, o governador informa que a proposta apresentada, no dia 4 de junho, com aumento parcelado, continua válida. Esta terça, 10, é considerada um dia decisivo para a greve dos professores, que completa 91 dias.

O secretário estadual de Educação, Osvaldo Barreto, confia que a decisão do TJ-BA determinando a suspensão da greve promova o retorno dos professores às salas de aula.
Já a vice-coordenadora da APLB, Marilene Betros, espera que o governo retome as negociações com a categoria. Uma assembleia está prevista para esta terça, às 9 horas. “Temos esperança de que seja solucionado. Tudo depende da vontade do secretário Osvaldo Barreto”, afirmou a  vice-coordenadora.
Ela também afirmou que o departamento jurídico do sindicato está buscando reverter a decisão do TJ-BA.
Na última sexta-feira, a desembargadora Dayse Lago Coelho determinou  a imediata suspensão da greve, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
O secretário Osvaldo Barreto diz que, embora o sindicato afirme que as escolas não estão em funcionamento, o retorno às aulas está acontecendo de forma gradativa. Para ele, a decisão do TJ-BA é mais um passo para que a greve seja finalizada.
Proposta - Balanço realizado pela Secretaria Estadual de Educação (SEC), divulgado na última sexta, 6, aponta que  347 instituições de ensino ainda estão paralisadas. Destas, 246 estão em Salvador e Feira de Santana.
“Em Salvador,  algumas escolas já retornaram, mas a informação não chega ao aluno. Posso garantir que  trabalhamos todos os dias para que a greve seja suspensa”, disse o secretário.
A proposta feita pelo governador Jaques Wagner em  4 de junho prevê aumento  de 7%, em novembro, para os professores com licenciatura plena que passarem por cursos de qualificação e mais 7%, em abril do próximo ano.
Somando este valor aos  6,5% já concedidos ao funcionalismo público no início deste ano, o ganho chegaria perto dos  22%, exigidos pela categoria. O sindicato recusa a proposta, alegando que ela exclui aposentados e profissionais em estágio probatório e exige os 22,22%.