Trinta estudantes do Colégio Estadual Professora Cristina Batista,
localizado na praça do Dendê, em Porto Seguro (a 591 km de Salvador),
passaram mal após ingerirem comprimidos do antiparasitário Albendazol
400 mg, usados na Campanha Nacional de Hanseníase e Geohelmintíases
(verminoses), na última sexta-feira (22). Os alunos, que tem idade entre
cinco e 14 anos, apresentaram coceira na pele, vômitos e início de
edema de glote (conhecido como garganta fechada).
Segundo a SMS
(Secretaria Municipal de Saúde) de Porto Seguro, os estudantes que
apresentaram reação à medicação foram atendidos por equipes do Samu
(Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e do PSF (Programa de Saúde
da Família) da comunidade Areião e, em seguida, encaminhados para o
Hospital Municipal. "Após atendimento, receberam alta sem maiores
complicações e serão acompanhados no domicílio pelas equipes da
Estratégia Saúde da Família."
A Vigilância Sanitária esteve na
escola ainda na sexta-feira e recolheu amostras da medicação
administrada, da água e da merenda escolar fornecidas aos alunos após
eles tomarem o medicamento. As amostras foram encaminhadas para análise
ao Laboratório Central em Salvador. A SMS não divulgou a data da
conclusão das análises.
A SMS de Porto Seguro informou que
suspendeu a campanha "por medida de precaução" até a conclusão das
análises nas amostras coletadas.
Segundo a secretaria, a
medicação ministrada para os estudantes estava dentro do prazo de
validade, que é setembro de 2018, e foi fornecida pelo MS (Ministério da
Saúde). Todos os lotes foram recolhidos.
A campanha começou no
dia 15 de agosto e, segundo a secretaria, alunos das escolas Chico
Mendes, José de Anchieta, Manoel Carneiro, Corujinha e Tio Patinhas
tomaram a medicação e não houve intercorrências. As 103 escolas de Porto
Seguro receberão a campanha, que beneficiará mais de 23 mil alunos do
ensino infantil fundamental 1 e 2 das escolas municipais, rurais e
indígenas.
A secretaria informou ainda que os alunos que
receberam a medicação tiveram autorização dos pais. "Foram
disponibilizados nas escolas formulários denominados Termo de Recusa que
foram preenchidos pelos pais ou responsáveis caso não autorizassem a
administração do medicamento."