O soldado Prisco,
que liderou a última greve de policiais na Bahia, concorre a ao cargo
de deputado estadual pelo PSDB, nas eleições de outubro, mas está
impedido de votar nele mesmo.
Isso porque as restrições impostas pela Justiça, desde as
mobilizações que buscavam melhores condições de trabalho para os
policiais militares em 2014, o impossibilita de sair de casa depois das
20 horas de segunda a sexta e nos finais de semanas e feriados a
qualquer hora.
Como as eleições ocorrem num domingo, Prisco, mesmo candidato a cargo
público, não poderá votar em si e participar do processo de apuração.
"Até mesmo os presos provisórios podem exercer o direito
constitucional de voto já que as urnas vão até eles", reclamou a
advogada do candidato, Marcelle Maron.
Conforme explica a advogada, mesmo após os argumentos que embasaram o
pedido de prisão de Prisco por 90 dias ter caído por terra (manuntenção
da ordem pública durante a Copa do mundo no Brasil), o procurador-geral
da república, Rodrigo Janot, continua a pedir a prisão do candidato por
180 dias em presídio federal.
"Não existe mais qualquer motivo para prisão. Como se não bastassem
as restrições, querem que Prisco concorra ao cargo público atrás das
grades? Não faz sentido!", reclamou a advogada.