09/02/2015 11h36
A vida nos ensina que somos livres para escolher a semente que vamos semear, mas é obrigatória a colheita daquilo que semeamos.
A maioria dos usuários de drogas afirmam terem iniciado o uso em
momentos de festas, principalmente no período de férias e carnaval. O
fenômeno do uso de drogas é complexo e exige uma visão do ser humano em
todas as suas dimensões. A vida nos ensina que somos livres para
escolher a semente que vamos semear, mas é obrigatória a colheita
daquilo que semeamos.
QUAIS são causas que levam uma pessoa a ingressar no
mundo sombrio das drogas? Curiosidade, desemprego, desejo de novas
sensações, falta de diálogo na família e as famosas más companhias. A
culpa também cabe a uma sociedade consumista que diviniza riqueza, fama e
beleza. Essa sociedade permite incentivar o uso das chamadas drogas
lícitas – cigarro e álcool - mas que também causam imensos males.
AS DROGAS são devastadoras, afetando o cérebro, os
pulmões, causando ataques cardíacos e derrame cerebral. Isso no campo
físico. São também impressionantes as mudanças comportamentais dos
viciados em drogas afetando a família e agredindo com requintes de
violência.
O TRABALHO educativo junto às famílias e nas escolas é
urgente. É necessário incentivar a conscientização sobre o perigo das
drogas. Igualmente, é importante uma ação disciplinadora e punitiva das
instâncias competentes. Não adianta só ensinar sobre o mal causado pelas
drogas. É necessário punir severamente os plantadores e traficantes.
NADA do que fazemos começa e acaba apenas em nós
mesmos. Atinge, ao contrário, toda a coletividade. Hoje, dizendo não às
drogas estamos não só beneficiando a própria saúde e a vida mas,
contribuindo para construir um mundo com menos violência. Sejamos
senhores de nossa vida. Não deixemos que a droga mande em nós. A
primeira vítima seremos nós mesmos e a nossa família.
O CARNAVAL, pode ser aproveitado como um tempo de festa
e de alegria, sem exageros, sem abusos e sem uso de drogas de qualquer
droga e sem dor de cabeça no dia seguinte. Saúde jogada fora é vida a
menos. Pior ainda, quando ela não volta mais. Que será de muitas pessoas
após o Carnaval, quando as fantasias forem jogadas fora? São Paulo
recomenda: “O Senhor espera de cada um, uma conduta digna de quem é
Templo do Espírito Santo” (I Cor. 6,19).
+Itamar Vian
Arcebispo Metropolitano
di.vianfs@ig.com.br
Arcebispo Metropolitano
di.vianfs@ig.com.br