segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Presidente mais velho do mundo, Robert Mugabe, completa 91 anos

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Mundo


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Os críticos acusam Mugabe de ameaçar os direitos humanos, a justiça e a democracia
O governante mais velho do mundo, o presidente zimbabuano Robert Mugabe, completa 91 anos e tem muito a celebrar, apesar das críticas por sua opulenta festa de aniversário em um país extremamente pobre.
"Estou muito feliz de ter esta idade. Estou muito feliz de que Deus tenha cuidado de mim", disse Mugabe. "Para falar sem rodeios, Mugabe venceu", declarou o diretor da Real Sociedade Africana, com sede em Londres, Richard Dowden.
Após anos de críticas, a União Europeia (UE) começou em 2013 a normalizar suas relações com o Zimbábue, deixando de lado a maioria das sanções impostas desde 2002, que consideravam Mugabe responsável pela violência política e violações dos direitos humanos.
Além disso, Mugabe, no poder desde a independência do Zimbábue em 1980, assumiu no início de janeiro a presidência da União Africana. Mugabe, nascido em 21 de fevereiro de 1924 na missão católica de Kutama, sempre foi descrito como um solitário. Estudante brilhante, colecionou sete títulos universitários, incluindo um Mestrado em Direito que concluiu na prisão.
Marxista no início, descobriu a política na Universidade de Fort Hare, a única aberta aos negros na África do Sul do apartheid, onde conheceu vários futuros líderes da região.
Ao retornar ao seu país em 1960, se alistou na luta contra o poder segregacionista e foi detido em 1964 por "subversão". Depois de passar 10 anos na prisão, reapareceu no comando da luta armada, que liderava a partir do vizinho Moçambique. Em 1980, depois dos acordos de independência de Lancaster House (1979), Mugabe foi eleito chefe de Governo.
Nos primeiros 10 anos do novo regime se tornou popular em todo o planeta por política de reconciliação, após a abolição do regime racista da ex-Rodésia e da ampliação do acesso à educação e saúde à maioria negra.
Mugabe também iniciou uma reforma agrária, mas a partir do ano 2000 começou a acusar jornalistas, opositores, ocidentais e agricultores brancos de serem inimigos do Estado. As relações com os países ocidentais se tornaram tensa