quarta-feira, 27 de maio de 2015

Marin e outros 10 acusados de corrupção são banidos pela Fifa

investigação da Justiça dos Estados Unidos sobre um esquema de corrupção no futebol mundial. Entre os punidos está o ex-presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, José Maria Marin.
"As acusações estão claramente relacionadas ao futebol e são de uma grave natureza que foi imperativo tomar medidas rápidas e imediatas", afirmou o presidente do comitê de ética da Fifa, Hans-Joachim Eckert. "O processo seguirá de acordo com o Código de Ética da Fifa".
De acordo com comunicado da Fifa, os 11 envolvidos estão proibidos de realizar qualquer atividade relacionada ao futebol, em nível nacional ou internacional. Marin e os outros detidos podem pegar até 20 anos de prisão.
Além de Marin, foram punidos Jeffrey Webb (vice-presidente da Fifa, presidente da Concacaf), Eduardo Li (presidente da Federação Costarriquenha e membro dos comitês executivos da Fifa e da Concacaf), Julio Rocha (presidente da federação da Nicarágua), Costas Takkas (dirigente da Concacaf), Eugenio Figueredo (vice-presidente da Fifa e ex-presidente da Conmebol e da federação uruguaia), Rafael Esquivel (presidente da Federação Venezuelana e membro do comitê executivo da Conmebol), Nicolás Leoz (ex-presidente da Conmebol), Jack e Darryll Warner, eChuck Blazer.


 

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Combinação de imagens de arquivo mostra funcionários da Fifa (da esquerda para a direita, e começando pela linha superior) Rafael Esquivel, Nicolas Leoz, Jeffrey Webb, Jack Warner, Eduardo Li, Eugenio Figueredo e José Maria Marin. Os sete homens estão entre as várias autoridades do futebol detidos em uma operação surpresa deflagrada em Zurique por autoridades suíças. Os cartolas são investigados pela justiça americana em um suposto esquema de corrupção. Conheça-os Leia mais AFP
Nesta quarta-feira (27), uma operação liderada pelo FBI em parceria com a polícia suíça deteve sete dirigentes de alto escalão, entre eles Marin, sob a acusação de corrupção em entidades ligadas à Fifa. A dois dias da eleição para a presidência da entidade máxima do futebol, as autoridades suíças adentraram o hotel cinco estrelas em Zurique em que estes cartolas estavam hospedados e fizeram as detenções, de acordo com nota oficial do Departamento de Justiça norte-americano.
Segundo o comunicado do Departamento de Justiça, um total de 14 réus são acusados de extorsão, fraude, lavagem de dinheiro, entre outras irregularidades. A investigação aponta suborno de US$ 150 milhões (cerca de R$ 450 milhões) em questões ligadas a transmissão de jogos e direitos de marketing do futebol na América do Sul e Estados Unidos. 
Seis dos sete dirigentes presos nesta quarta recusaram a extradição para os Estados Unidos. Desta forma, as autoridades suíças pedirão aos Estados Unidos o envio de "pedidos formais de extradição num prazo de 40 dias", conforme o tratado em vigor entre ambos os países, para dar prosseguimento ao caso.