• Alan Marques/Folhapress
Em três capitais do país, a disputa entre os dois candidatos no segundo turno das eleições tem uma característica marcante: envolve um atual e um ex-prefeito. BelémMaceió e Recife viram a campanha se transformar numa espécie de plebiscito, em que os candidatos se enfrentam com discursos de quem fez mais pela sua cidade.
Nos três casos, o prefeito atual ficou à frente em número de votos no primeiro turno, e os ex-mandatários correm atrás do prejuízo.
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Rui Palmeira (PSDB) e Cícero Almeida (PMDB) concorrem em Maceió
Em Maceió, a disputa envolve os dois últimos vencedores das três eleições passadas: o atual prefeito, Rui Palmeira (PSDB), e o anterior, Cícero Almeida (PMDB), que ficou no poder de 2005 a 2012.
Desde o primeiro turno, ambos trocam farpas por meio de números --e negando os do opositor. Atrás na votação, Almeida passou a explorar ainda mais as comparações. O principal alvo dos programas é o aumento nos impostos e fechamento de postos de saúde e da única maternidade municipal. "Maceió terá de novo um prefeito que levanta cedo, que não tem medo de trabalhar, que vai à luta os sete dias da semana", disse, em ataque a Rui Palmeira.
Já o prefeito tem apresentado obras nos seus mais de três anos de mandato, como os corredores exclusivos de ônibus. É comum ver em seus programas a citação de que reformou postos de saúde e escolas encontradas em mau estado. "Era assim, e com o Rui ficou assim", diz o locutor durante um quadro do programa eleitoral no qual são exibidas imagens de vários locais sucateados e depois melhorados