Prefeito eleito de Guanambi, Jairo Magalhaes (PSB), ainda não revogou o decreto em que “entrega” as chaves da cidade a Deus.
Segundo o prefeito, ele espera “um parecer do jurídico” para decidir se voltará atrás no ato que dizia ser “irrevogável”.
“Tá com o pessoal do jurídico. Vamos esperar. Segunda vamos ter uma
conversa com o pessoal. Não sei o porque de tanta polêmica. Só queremos
que Deus nos proteja”, amenizou.
Apesar da vontade do socialista, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) recomendou que o ato seja desfeito.
“A recomendação foi elaborada em consideração a dispositivos
constitucionais, como o artigo 19, inciso I, da Constituição Federal,
que determina que “é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas,
subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou
suas representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na
forma da lei, a colaboração de interesse público”, diz o parquet.
Além do MP, Magalhães desagradou também a alta cúpula do seu partido.
Presidente estadual do PSB, a senadora Lídice da Mata emitiu nota em que
desaprova a atitude do correligionário.
“A fé é uma decisão de foro íntimo e não pode ser confundida com atos
administrativos de interesse público” enfatizou a Senadora.
Após a “bronca” de Lídice, Jairo garante que não há mágoa e joga todo o imbróglio na seara do “mal entendido”.
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