sábado, 24 de junho de 2017

Museu do Amanhã celebra raízes africanas da zona portuária do Rio

EBCÀs vésperas do anúncio pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) se o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, será ou não tombado como Patrimônio Mundial, começou hoje (24) uma programação para celebrar a raiz africana da região portuária. É o evento Vivências do Tempo – Matriz Africana.
Organizado pelo Museu do Amanhã, a meta é dar luz à candidatura e mostrar a importância da região na diáspora africana e preservação da memória e da cultura negra no país.
A gerente de Relações Comunitárias do museu, Laura Taves, explica que uma das diretrizes da instituição é trabalhar o território onde está inserida, ou seja, a Zona Portuária do Rio, que é cercada por três bairros e quatro morros, entre eles o Morro da Previdência, a primeira favela do país.
“A gente está numa área histórica importantíssima, numa região por onde entraram muitos africanos escravizados. Chegaram mais ou menos 10 milhões de negros escravizados vivos em todas as Américas e o Brasil recebeu 60% desse contingente. Desses 60%, 40% vieram para o Rio de Janeiro, então é um número muito significante, cerca de 2,4 milhões de pessoas. A estimativa é de que tenha sido 1 milhão só aqui nessa região”, disse Laura.