O principal sindicato de jornalistas da Venezuela
denunciou neste domingo (25) que 376 repórteres sofreram agressões durante
quase três meses de protestos contra o presidente Nicolás Maduro, a maioria por
parte de militares e policiais.
"Entre 31 de março de 24 de
junho, 376 trabalhadores da imprensa foram agredidos em 238 casos
documentados", dos quais as "forças de segurança são responsáveis por
170", afirmou a organização no Twitter.
O Sindicato Nacional de
Trabalhadores da Imprensa (SNTP) contabiliza igualmente 33 "detenções
ilegais" de trabalhadores dos meios de comunicação.
Os protestos da oposição geraram
distúrbios com um balanço de 75 mortos e mais de mil feridos, segundo o Ministério
Público. Governo e oposição se culpam mutuamente pelos casos de violência.
Embora a solicitação do Ministério
Público aos tribunais sobre "medidas especiais de proteção" aos
jornalistas tenha sido aceita, as denúncias de ataques a repórteres por policiais,
militares e manifestantes são constantes.